O pronunciamento de Bolsonaro foi retirado das notas taquigráficas pelo deputado Domingos Dutra (PT-MA), que ocupava a presidência da sessão, a pedido do deputado Marcon (PT-RS). Caberá agora ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), decidir se o pronunciamento ficará registrado nos documentos da Casa.
Em conversa por telefone com o Jornal Estado, Bolsonaro afirmou que não era sua intenção questionar a sexualidade da presidente da República. "Não me interessa a opção sexual dela, eu só não quero que esse material vá para a escola". Ele afirmou que estava falando do amor de Dilma com a "causa homossexual". Chegou a comemorar a polêmica criada em cima da declaração era positiva. "Uma frase equivocada está ajudando a levantar o mérito da discussão".
O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) criticou o colega ainda pela manhã durante a sessão. Afirmou que as declarações de Bolsonaro podem significar quebra de decoro parlamentar. A vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), pediu que o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), tome "providências enérgicas" em relação a Bolsonaro. Marta afirmou que Bolsonaro está "sem freio de arrumação" e foi além dos limites do decoro parlamentar em seu pronunciamento, faltando com o respeito à presidente da República.
Em tempos de twitter e facebook onde mascaramos nossa verdadeira
personalidade ou criamos uma outra, Lana Del Rey reflete nossa época, a
qual o virtual se confunde com o real.
O que se sabe sobre Lana Del Rey? Ela tem um álbum gravado, só que com
outro nome (Elizabeth Grant ou simplesmente Lizzy Grant), mas que foi
arquivado misteriosamente e retirado do iTunes – na verdade o álbum não
alcançou o sucesso esperado. Mudou de nome, agora se chama Lana Del Rey e
se tornou a nova sensação da web tendo seu single “Video Games” com
mais de 4 milhões de acessos no Youtube, em apenas dois meses. Logo
seguido por outro single, “Blue Jeans”.
Contratada pela Stranger Records e mesmo sem ter um disco lançado
(está prometido para 23 de janeiro de 2012), Lana em entrevista à
revista GQ confessa que seu nome, seu olhar e todo o resto são resultado
de “advogados e gestores”, ou seja, a moça é uma criação. Por isso, sua
aparência vem sendo tão questionada, por aparentar ter sido totalmente
plastificada, principalmente seus lábios, recorrendo ao uso de botox.
Lizzy Grant (Lana Del Rey) nasceu na minúscula Lake Placid, estado de
Nova York, tem 24 anos e é filha de um magnata – ele se casou cinco
vezes em quatro continentes diferentes, mas quem se importa? Sua música,
de início, era jazzística, mas ao viver tanto no Bronx quanto no
Brooklyn, após passar por um colégio interno, aproximou-se da música das
ruas – pop, R&B e hip hop. Época em que gravou, em 2008, seu
primeiro álbum sobre a direção do produtor David Khane. Mas sua
investida como Lizzy Grant não deu muito certo.
Sua “reencarnação” como Lana Del Rey, ao contrário, tem dado certo,
seus dois singles – “Video Games” e “Blue Jeans” – foram reunidos em um
EP e já ganharam remixes dos dois lados do Atlântico, incluindo artistas
como Jamie Woon, Balam Acab e uma estranha versão do grupo indie Bombay
Bicycle Club.
Sua voz alterna entre o desespero e o entusiasmo, apoiada por uma
música delicada, quase comovente. Ambigüidade também é encontrada na
aparência física de Lana, as formas de uma pin up, um rosto esculpido de
acordo com os códigos de femme fatale, mas um olhar que trai a emoção.
Lana tem shows com ingressos esgotados por onde passa e sua passagem
recente pelo programa de Jools Holland, da TV britânica, só fez aumentar
o hype em cima dela – lá ela aparece bela, fria (como se carregasse um
vazio existencial) e em sua interpretação de “Video Games”, escorrega,
tropeça muitas vezes no ritmo. Sua página no Facebook é local de
exaltação com centenas de comentários bajuladores. Seus fãs em sua
maioria adultos se comportam como adolescentes fãs de Justin Bieber.
Em tempos de twitter e facebook onde mascaramos nossa verdadeira
personalidade ou criamos uma outra, Lana Del Rey reflete nossa época, a
qual o virtual se confunde com o real. Onde há tantas coisas para
observar, interagir e conhecer, mas não conseguimos, portanto, ir muito
além do superficial. Assim figuras como Lana Del Rey se tornam tão
enigmáticas, parecendo uma “colagem” de vários mundos. Porém, a música
parece buscar unir todos os fragmentos em um todo que chamamos de vida.
Se Lana Del Rey é autêntica ou não só o tempo dirá; é certo que a
música “Video Games” tem algo irresistivelmente e um videoclipe que
parece filmado em estilo Super8. Lana parece nos desafiar.
Texto: http://bagarai.com.br/a-misteriosa-lana-del-rey.html